Terminada esta Série dos Primeiros, é chegada a hora de fazer um balanço. Os Juvenis do Gafanha terminaram como sextos classificados, com quatro vitórias, dois empates e perdendo mais de metade dos jogos que disputaram nesta fase. Não ficaram a dever nada a equipas que tinham até mais obrigações e acabaram o campeonato de cabeça levantada e com o sentimento do dever cumprido.
Ficou a sensação que tínhamos valor para mais do que o sexto lugar, no entanto os lugares acima estão todos eles bem entregues, com referência para o primeiro lugar do Covão do Lobo e para as equipas que fecharam o pódio, o Barrô e o Futsal Azeméis. Parabéns a todos os envolvidos por terem contribuído para um campeonato bem disputado e agradável.
Entrar mal em prova
Fruto da nossa inexperiência, entrámos muito mal na prova, mostrando que ainda não estávamos capazes de ter todas as semanas jogos com grau de exigência médio-alto. Entrámos muito pressionados e isso acabou por deitar-nos a baixo a confiança nas primeiras semanas desta Série dos Primeiros. As três primeiras jornadas saldaram-se por outras tantas derrotas (o calendário também não ajudou) e a primeira vitória chegou apenas à 4.ª jornada, com um triunfo em casa sobre o Dínamo Sanjoanense. A primeira volta do campeonato não foi famosa, com apenas mais uma vitória, no dérbi diante do Beira-Mar, e houve ainda prestações muito cinzentonas nos jogos da parte da manhã em Cortegaça e Oliveira de Azeméis.
Crescer na segunda volta
A segunda volta, essa, foi bem melhor. O GDG bateu-se de igual para igual em todos os jogos e discutiu o resultado de todos os 7 jogos até praticamente ao minuto final. As derrotas pela margem mínima diante dos candidatos Barrô e Covão do Lobo, com a equipa a fazer o suficiente para justificar até outros resultados, foram a prova de que a equipa estava a crescer e de que teve um mês de Março muito proveitoso.
As vitórias diante de Dínamo e Crecor catapultaram o GDG para o quinto lugar, mas o fim-de-semana em que o campeonato parou trouxe uma estranha descompressão ao grupo, que encarou os jogos com Beira-Mar e Futsal Azeméis de forma um pouco desinteressada. No entanto, o mais importante nesses últimos jogos também passava por dar minutos a todos os jogadores e acabar a época de forma satisfatória. Acabou por ficar algum 'amargo de boca' por estes últimos jogos não terem corrido tão bem, mas também não é por aí que o balanço desta fase não deve ser positivo. Porque foi bastante positivo.
Números
Olhando a frio para as estatísticas (ver classificação), fomos de longe o pior ataque do campeonato, com apenas 26 golos marcados. Não por não criarmos situações de golo, mas sim porque as pernas tremiam bastante na hora de finalizar. Na outra face da moeda, conseguimos ser a segunda defesa menos batida (a par do Futsal Azeméis), o que ao contrário do que muitos entendem, não significa que "o GDG só defende e mete o autocarro", mas sim que defende relativamente bem, encurtando sempre os espaços para o portador da bola e não deixando o adversário jogar - mérito para a nossa equipa.
Raramente conseguimos bons resultados fora de casa, amealhando apenas 4 pontos, apesar de ser curioso o facto de termos sofrido pouquíssimos golos (segunda melhor defesa fora). Pelo contrário, em nossa casa, não estivemos tão mal quanto isso, embora tenhamos sofrido aí 21 dos 36 golos. Além do mais, estivemos muito mal nas segundas partes dos jogos, sofrendo neste período 22 dos 36 golos encaixados e marcando apenas 12... Dá que pensar e é, sobretudo, uma prova da irregularidade e inexperiência da equipa. Crê-se, no entanto, que os jogadores cresceram bastante e estão agora muito mais capazes do que se não tivessem disputado esta Série dos Primeiros.
Mais números
Ficam abaixo os principais dados estatísticos relativos aos atletas. Destaque para o facto de três dos cinco jogadores mais utilizados - Vidreiro [GR], Luís Pedro e Fera - não terem qualquer experiência anterior de futsal, nem tão pouco de outra modalidade colectiva a nível federado. Pode ver-se também por aí a inexperiência da equipa, aliada também ao facto de este ser o primeiro ano da estrutura técnica.
Referência ainda para os golos terem ficado bem distribuídos entre todos - o que prova as dificuldades em fazer golos, porque não tivemos um jogador que se destacasse. O Tiago Fernandes foi o melhor marcador desta fase, enquanto o Luís Pedro foi o que teve mais participações directas em golos (5 + 4 assistências). Destacam-se ainda os minutos dados a três atletas juvenis de 1.º ano - Fera, Vidreiro [GR] e Gonçalo - e a um outro com idade de iniciado - Tiago Costa [GR].
Uma última nota para a disciplina. Apesar dos 17 amarelos vistos por jogadores nossos, o GDG congratula-se por ser uma das poucas equipas que não viu, ao longo de todo o campeonato, nenhum jogador ou treinador seu ser castigado ou multado pela AF Aveiro. Podemos considerar este dado irrelevante como uma pequena vitória para um clube que por vezes ainda é "mal visto" pelos pavilhões do nosso distrito.
MINUTOS DE UTILIZAÇÃO:
10 - Jacinto (676)
6 - Luís Pedro (588)
99 - Tiago Vidreiro [GR] (535)
7 - Xico (426)
11 - Fera (376)
4 - Ferreirinha (354)
8 - Tiago Fernandes (353)
1 - Tiago Costa [GR] (240)
9 - Gonçalo (156)
13 - Noddy (152)
18 - Jordan (36)
20 - Paulo (29)
GOLOS:
8 - Tiago Fernandes (6)
6 - Luís Pedro (5)
10 - Jacinto (5)
7 - Xico (5)
4 - Ferreirinha (3)
13 - Noddy (1)
9 - Gonçalo (1)
ASSISTÊNCIAS:
6 - Luís Pedro (4)
4 - Ferreirinha (3)
7 - Xico (3)
8 - Tiago Fernandes (3)
11 - Fera (2)
10 - Jacinto (2)
9 - Gonçalo (1)
GOLOS SOFRIDOS:
1 - Tiago Costa: 10 (um a cada 24 minutos)
99 - Tiago Vidreiro: 26 (um a cada 20 minutos)
AMARELOS:
13 - Noddy (4)
8 - Tiago Fernandes (3)
6 - Luís Pedro (3)
10 - Jacinto (2)
7 - Xico (2)
9 - Gonçalo (1)
99 - Tiago Vidreiro (1)
11 - Fera (1)
MAIOR VITÓRIA:
3-0 (fora), Dínamo Sanjoanense
MAIOR DERROTA:
1-5 (casa), Barrô
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